Estupidez
Porque não
sou eu uma besta estúpida,
Tranquilamente
envolvida na irrelevância,
Largada na
languidez da superficialidade,
Tão sábia,
em total ignorância?
Porque
bestial criatura tão astuta,
Não encontra
conforto na simplicidade?
Em busca de
que compreensão angustiante,
De que
matéria é feita a felicidade?
A felicidade
do não saber, da negação,
A felicidade
sem detalhes, despida,
A alegria de
não saber nada
E de seguir
em frente destemida.
Ohhh temor,
pai da razão humana,
Porque não
surges da ignorância?
Porque
acompanhas a imperiosa lógica
E do não
conhecer mantém distância?
Sou eu em
fim aquela besta estúpida,
Largada na
morbidez do pensamento
Na angustia
da busca do saber constante
Perdida no caos do arrependimento.
Por Monica Gomes Teixeira Campello de Souza
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