No
entardecer de meus pesares,
Vejo as
dores idas, revestidas de luto,
Do negro véu
da saudade,
Das perdas
invitáveis.
Das
explicações inconvincentes,
Dos
mistérios insondáveis, torturantes,
Vejo o
entardecer dos meus dias
No espelho
dos meus olhos negros enlutados.
Um luto de
esperança transversa,
Sem máscaras,
sem escrúpulos.
As tardes do
meu luto envelhecem
E vejo o
anoitecer dos meus pesares.
Para mim era
aquele o precioso dia
Encontrei a
fria lua na escuridão envolta,
Acariciei a
lua com as lágrimas das minhas dores,
E, as sinto
macia.
Não levo
nada de meu para a noite
Me agarro as
sombras dos meus pesares
Dia após
dia, passo a passo, vou ao penhasco
Descanso
minhas dores e então, salto.
Por Monica Gomes Teixeira Campello de Souza
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